O Líder e o Equilíbrio Emocional – Parte 3
Encerramos o artigo anterior citando as cinco características de quem possui Inteligência Emocional, de acordo com Goleman, importantes para qualquer ser humano maduro, que queira alcançar seus objetivos e essenciais para um líder.
Abaixo elencamos algumas características dos elementos da Inteligência Emocional. Cada um deles merecerá, em breve, uma análise mais aprofundada.
Autoconhecimento
- Ter clareza quanto à conexão entre o que sente e pensa;
- Estar consciente de como suas emoções afetam sua performance;
- Ter capacidade de buscar e receber feedback;
- Decidir, mesmo em momentos de incerteza.
- Autogerenciamento
- Manter o foco no resultado a alcançar, mesmo sob pressão;
- Responsabilizar-se pelos próprios erros;
- Adaptar sua resposta às circunstâncias;
- Ter pontos de vista flexíveis.
Conhecimento do outro
- Ter e demonstrar sensibilidade à perspectiva alheia;
- Buscar maneiras de aumentar a satisfação dos outros;
- Reconhecer e manifestar-se sobre as qualidades dos outros;
- Ver diferenças como oportunidade.
- Gerenciamento do outro
- Capacidade de persuasão;
- Abrir-se para receber notícias boas ou ruins;
- Iniciativa de liderar, quando preciso;
- Desafiar o “status quo”;
- Lidar com pessoas em situações difíceis;
- Reconhecer e compartilhar mérito;
- Adaptar-se aos diferentes públicos.
- Motivação
- Estado mental alerta para criar e agarrar oportunidades;
- Mobilizar os demais baseado no desafio;
- Resiliência, perseguindo o objetivo, apesar dos obstáculos;
- Atuar e liderar os outros com esperança de sucesso, ao invés de medo do fracasso;
- Reconhecer que obstáculos e contratempos são circunstâncias e não defeitos.
É preciso lembrar que quase 80% da eficácia gerencial vem da presença da Inteligência Emocional, de acordo com estudo feito com milhares de executivos (Goleman, 1998, Boyatzis – Case Western University).
Vendedores que apresentam alto nível de Inteligência Emocional conseguem o dobro do sucesso em vendas em relação aos demais profissionais de vendas.
Vale lembrar também que o quociente de inteligência – QI – é importante para compreender a dimensão de um problema e buscar dados que facilitem tal compreensão. Na solução do problema, no entanto, é preciso além do QI, o quociente emocional – QE-, pois é necessário ir além da lógica e observar o impacto que a solução trará a todos os envolvidos. Por fim, para implantar a resolução é fundamental o QE.
Nas organizações humanas podemos muitas vezes notar mentes brilhantes, que apresentam um diagnóstico perfeito e detalhado de situações, mas que falham na resolução e na ação, por um QE baixo.
A boa notícia é que o QE pode ser desenvolvido. Ninguém precisa ser escravo de suas emoções e fadado ao insucesso. Como o QE representa competências e estas são fundamentalmente hábitos, podem ser mudadas ao ponto da excelência.
Uma poderosa prática para se alcançar um alto QE e sucesso é o Coaching, assunto que trataremos no próximo artigo.